Conforme o médico e cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, a busca por cirurgias e procedimentos estéticos cresce em todo o mundo, levantando um debate fundamental: até que ponto os médicos devem atender aos desejos dos pacientes? O equilíbrio entre atender expectativas e preservar a saúde é essencial. Esse dilema envolve ética, responsabilidade e a necessidade de orientar escolhas de forma consciente e segura.
Quais são os limites éticos da medicina estética?
A medicina estética precisa respeitar princípios éticos que garantam a segurança e o bem-estar dos pacientes. Isso significa que o profissional deve avaliar não apenas a viabilidade técnica do procedimento, mas também as motivações e expectativas de quem o procura. Segundo Milton Seigi Hayashi, cabe ao cirurgião plástico recusar intervenções que possam comprometer a saúde ou gerar resultados desproporcionais.
Um dos maiores desafios da cirurgia plástica é alinhar os desejos do paciente com as possibilidades reais do procedimento. Consultas detalhadas, exames clínicos e o uso de tecnologias como a simulação 3D ajudam a mostrar resultados mais próximos da realidade. Quando há clareza sobre as limitações, o paciente compreende melhor o que esperar. Esse alinhamento reduz frustrações e fortalece a confiança na relação médico-paciente.
Os desejos estéticos devem prevalecer sobre a saúde?
Embora a estética seja uma motivação legítima, a saúde deve sempre ser prioridade. Procedimentos arriscados ou sem indicação clínica podem trazer consequências sérias e irreversíveis. O papel do médico é orientar e, quando necessário, dizer “não” para proteger o paciente. Para Milton Seigi Hayashi, a cirurgia plástica deve buscar harmonia e naturalidade, e não atender a padrões extremos. O foco deve ser o equilíbrio entre bem-estar físico e emocional, evitando que a estética se torne um fator de risco.

A pressão estética, intensificada pelas redes sociais, influencia cada vez mais a decisão de realizar procedimentos. Muitos pacientes chegam ao consultório com referências de celebridades ou filtros digitais, exigindo transformações irreais. O cirurgião plástico tem a responsabilidade de filtrar esses desejos e propor alternativas seguras. Isso significa educar o paciente sobre os riscos e reforçar que cada corpo possui limites e características únicas.
Como a tecnologia pode auxiliar na tomada de decisão?
A tecnologia é uma aliada na medicina estética moderna. Softwares de simulação permitem mostrar projeções de resultados, enquanto exames digitais garantem diagnósticos mais precisos. Esses recursos facilitam a comunicação entre médico e paciente, tornando as escolhas mais seguras e embasadas. Conforme especialistas, a tecnologia não elimina a responsabilidade ética, mas oferece maior transparência e confiança no processo. Assim, o paciente se sente mais seguro e o médico consegue apresentar alternativas realistas.
O limite é sempre a saúde e a ética profissional. Atender a todos os desejos sem questionamento pode transformar a medicina estética em um risco, em vez de um benefício. O médico deve atuar como orientador, conciliando os desejos estéticos com aquilo que é seguro, possível e saudável. Milton Seigi Hayashi frisa que a missão do cirurgião plástico é encontrar o equilíbrio entre arte, ciência e cuidado humano. Isso significa entregar resultados que promovam autoestima sem comprometer a integridade física e emocional do paciente.
Por fim, a medicina estética traz inúmeras possibilidades de transformação, mas também exige limites claros. Os desejos estéticos são legítimos, porém não podem estar acima da saúde e da ética médica. O papel do profissional é guiar o paciente em decisões conscientes, garantindo segurança e resultados harmônicos. O cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi pontua que a cirurgia plástica deve ser um caminho para a valorização pessoal, e não para a busca desenfreada por padrões irreais.
Autor: Dorkuim Lima