A Conferência Episcopal da Venezuela expressou sua crítica à decisão do presidente Nicolás Maduro de antecipar o Natal para o dia 1º de outubro. A autoridade eclesiástica argumentou que a celebração do Natal é uma responsabilidade da Igreja e não deve ser usada para fins políticos.
Em uma apresentação , Maduro anunciou a antecipação do Natal, afirmando que a medida é uma homenagem ao povo venezuelano. No entanto, a decisão foi vista como uma manobra para desviar a atenção da pressão internacional sobre o resultado contestado da eleição presidencial venezuelana de 28 de julho.
A Conferência Episcopal da Venezuela publicou uma declaração nas redes sociais, lembrando que o tempo do Advento começa no dia 1º de dezembro e que as celebrações de Natal são uma responsabilidade da autoridade eclesiástica. A declaração também destacou que o Natal é uma celebração universal e não deve ser usada para propaganda ou fins políticos específicos.
Essa não é a primeira vez que Maduro antecipa o Natal na Venezuela. Em 2020, ele anunciou o início da festa em 15 de outubro, como uma manobra para desviar a atenção dos graves problemas que o país enfrentava durante a pandemia. No ano seguinte, ele comunicou a chegada antecipada do Natal ao Palácio de Miraflores no dia 4 de outubro.
A decisão de Maduro também ocorreu horas após a Justiça expedir uma ordem de prisão contra o candidato opositor Edmundo González Urrutia, que havia ignorado três intimações para depor. A antecipação do Natal pode ser vista como uma tentativa de distrair a atenção da população dos problemas políticos e econômicos que o país enfrenta.
A Igreja Católica da Venezuela reiterou que a celebração do Natal é uma questão de responsabilidade eclesiástica e não deve ser usada para fins políticos. A declaração da Conferência Episcopal da Venezuela é uma crítica clara à decisão de Maduro e uma defesa da autonomia da Igreja em relação às celebrações religiosas.
A antecipação do Natal também pode ser vista como uma tentativa de Maduro de melhorar sua imagem pública e desviar a atenção da crise política e econômica que o país enfrenta. No entanto, a crítica da Igreja Católica da Venezuela é um sinal de que a decisão não foi bem recebida por todos.
A celebração do Natal é uma tradição importante na Venezuela, e a antecipação da data pode causar confusão e desorganização. A Igreja Católica da Venezuela está defendendo a sua autoridade sobre as celebrações religiosas e reiterando que o Natal é uma celebração universal que não deve ser politizada.
Em resumo, a antecipação do Natal na Venezuela é uma decisão controversa que foi criticada pela Igreja Católica do país. A decisão pode ter consequências políticas e sociais negativas e é vista como uma tentativa de desviar a atenção da população dos problemas políticos e econômicos que o país enfrenta.